A fantasia predomina no pensamento da criança na fase pré-escolar. Nessa época, os medos infantis se ralacionam ao imaginário e sobrenatural: bruxas, fantasmas, etc. As estórias infantis são positivas quando ajudam a desenvolver na criança a percepção dos sentimentos humanos; tratam de problemas da vida cotidiana que a criança terá de enfrentar (mortes, perseguições, abandono); auxiliam na evolução e elaboração do pensamento, mostrando relações entre causa e efeito e servem como alívio de tensões emocionais. No entanto, devem ser narradas de modo a evitar situações muito traumáticas, que reforçam medos angustiantes. Sua utilização deve ser flexível, permitindo a criança modificá-las, de acordo com suas fantasias e necessidades.
A Criança nasce com a capacidade para sentir medo, manifestada inicialmente por uma excitação geral. Depois, com a percepção da realidade exterior, surgem medos reais, relacionados com suas experiências. Quando ao explorar o desconhecido a criança enfrenta situações desagradáveis, ela passa a temer o que lhe causa sofrimento, como o medo de animais e tempestades.
Deve-se ter atenção, para medos infundados e exagerados, pois a criança pode, involuntariamente, estar desviando sentimentos negativos não manifestados, para objetos ou animais, que passam a ser vistos como perigosos. Muitos temores da escola, de elevadores, de animais, que não se relacionam a situações reais vividas pela criança, incluem-se nessa categoria de deslocamento. Quando esses medos intensos dificultam o relacionamento da criança com o mundo, os pais devem procurar orientação profissional.
Dra. Maria do Carmo Lage - Pediatra.
Dra. Maria do Carmo Lage - Pediatra.
CRM 16108
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