Por Letícia Oliveira
Muita gente não sabe o que são as oleaginosas e quem sabe na
maioria das vezes tem dúvidas relacionadas a quanto consumir, a partir de qual
idade e em qual horário. Né? Então vamos por partes! Sou apaixonada por
oleaginosas, elas sempre estão presentes na minha rotina e nos cardápios dos
meus pacientes.
São: castanha do pará, castanha de caju, macadãmia, pistache, avelã, amêndoas, nozes e
amendoins, elas proporcionam diversos benefícios quando inseridas na
alimentação dos pequenos. São fontes das chamadas gorduras boas, as
monoinsaturadas e as poli-insaturadas, que protegem o coração, tem um efeito
antiinflamatório previnem o envelhecimento cerebral, reduzem o risco de alguns
tipos de câncer, melhoram o desempenho nas atividades físicas, reduzem riscos
de obesidade, diabetes e hipertensão... se eu for ficar citando aqui vou passar
o texto inteiro falando só de benefícios... então para finalizar: melhoram o
humor, diminuem estresse e ansiedade e para os vegetarianos e veganos que estão
sempre no meu coração, essas sementinhas quase que milagrosas também são boas
fontes de proteínas.
A dica é consumir sempre nos lanches intermediários da manhã
ou da tarde, e também antes de dormir, na ceia. A quantidade é algo individual,
e deve ser balanceada com o consumo do dia inteiro, para isso procure um
nutricionista. Meu conselho é não ultrapassar 2 porções diárias (uma porção é
mais ou menos uma colher de sopa rasa), isso serve para crianças acima de dois
anos e também para adultos. No caso da castanha do pará não se deve consumir
mais do que 2 ou 3 unidades por dia, isto porque ela é rica em selênio, um
potente antioxidante que em excesso pode fazer mal.
E os bebês? Podem também! A partir dos 6/7 meses dependendo
de como foi a introdução alimentar. Mas neste caso deve se usar bem
trituradinha misturada em uma fruta pra não correr o risco dos tão temidos
engasgos.
Alias, castanhas devem ser preferencialmente consumidas
associadas as frutas, pois melhoram a absorção dos nutrientes, dão mais sensação
de saciedade e ajudam a nivelar os índices de glicose no sangue que a fruta
pode provocar.
E qual a melhor oleaginosa para meu filho? O melhor de tudo
na alimentação é sempre a variedade né? No caso das oleaginosas cada uma tem
uma proporção de ácidos graxos diferentes (aqueles famosos ômegas 3, 6 e 9),
por isso cada uma trará um benefício específico, como diminuição do colesterol
“ruim”, aumento do “bom”, controle hormonal e de triglicerídeos. Então varie,
pode fazer misturinhas delas trituradas para os filhotes também.
A melhor maneira de consumir as oleaginosas é comprando a
versão “in natura”, sem sal e deixando de molho por algumas horas pois esse
processo elimina alguns componentes químicos que chamamos de antinutrientes
(atrapalham a absorção dos nutrientes), depois é só você torrar no forno para
ficar crocante de novo.
Temos também as versões dos “leites” vegetais, que eu adoro
para fazer receitas de bolos, biscoitos, mingais e vitaminas. Não substituem o
leite de vaca e nem tem essa função, cada um no seu quadrado né? Procure um
nutricionista especializado em alimentação vegana caso queira retirar os
lácteos da rotina do seu filho, só ele vai saber fazer as substituições
necessárias.
Receitinha:
LEITE DE CASTANHAS com AVEIA
1/2
litro de água fervente
3
castanhas do Pará
2
colheres de sopa de flocos de aveia
1
pitada de sal
Deixe
de molho por cerca de 2 horas, depois bata tudo no liquidificador.
Coe
numa peneira bem fininha ou tecido de algodão limpo e pronto. As vezes coloco
umas gotinhas ou fava de baunilhas também. E a farinha que sobrar na peneira
pode usar na massa.
Ideal
para uso em receitas de bolos, biscoitos, bolinhos, tortas, pães.
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